The Freaking Lady

Confesso que fiquei com um pouco receio de ver esse filme, por já saber que era meio pesado. E ele realmente me derrubou. Ele é mesmo perturbador. Para quem ainda não sabe, o filme é uma adaptação do livro lançado em 2003 por Lionel Shriver. Ele conta a história de Eva (Tilda Swington) uma mulher que vive sozinha e com medo, evitando as pessoas. Logo entendemos que isso é causado pelo massacre feito por seu filho.

O filme é constituído por cenas atuais de Eva, vivendo sozinha e tendo que enfrentar as consequências do massacre, e de momentos antes do ocorrido. Logo percebemos que o relacionamento de Kevin (Ezra Miller) e Eva nunca foi bom. Desde que era um bebê a criança e a mãe nunca se deram bem. Foi uma gravidez indesejada e, claro, a mãe não sabia exatamente como lidar com uma criança tão problemática, mas ela se esforçava.


Quando Kevin ainda era criança, o marido de Eva decide que o melhor para o filho é que eles se mudem da tão amada Nova York para morarem no subúrbio, tando uma vida mais calma e confortável. Logo que eles se mudam já vemos uma certa implicância da parte de Kevin com sua mãe. Vemos o jeito em que uma criança pequena, que mal sabia falar, já conseguia tornar a vida de sua mãe um verdadeiro inferno, enquanto na frente do pai ele parecia um anjo.

Kevin não era uma pessoa, como posso dizer, normal. Além de ter essa "implicância com a própria mãe, logo já vemos que ele não é uma pessoa feliz, que, de certo modo, não sente nenhum afeto pelos pais e nem a irmã. Como se isso já não bastasse o pai lhe dá um arco e flecha! Se o seu filho tem qualquer tipo de comportamento anormal o melhor e se fazer é não presenteá-lo com uma arma letal. A partir dai já sabemos o que acontece. Mas enfim...Durante o filme inteiro temos perguntas em nossas cabeças. Kevin já nasceu sendo mau? Sua mãe é a culpada de tudo? Por que ele fez o massacre? Vendo o filme não temos uma resposta concreta, até porque em determinado momento percebemos que nem o próprio Kevin tem resposta para essas perguntas.


"Qual o propósito?" "Não tem propósito. Esse é o propósito"